| Geração Sáude  Baseado em dados publicados pela revista VEJA, em dezembro de
              1997, sobre pesquisa realizada no Brasil (IPESPE) e a preferência
              de consumo alimentar, fomos a campo entrevistar este consumidor
              cada vez mais exigente, e obtivemos algumas surpresas.
 É de consenso geral entre os produtores e frigoríficos
              a dificuldade de repassar preços / custos no produto final
              de nossa atividade diária: o frango. A maioria diz que ao
              aumentar em média R$ 0,10 (dez centavos) no preço
              do produto, este encalha...
 
 É claro, sem contar com a utilização política
              do produto como símbolo de plano econômico governamental,
              que por si só, já limita o repasse de aumento de custos
              sem que sofra advertência da mídia. Há diversos
              outros motivos que reduzem a demanda final do produto.
 
 Pois bem, boa parte da população não faz restrição
              alguma sobre o produto, apesar de já terem “ouvido
              falar sobre problemas” de produção de carne
              de frango e basicamente não consomem pela não preferência
              dessa carne ou mais provavelmente pelo limitante do poder aquisitivo.
 
 As classes sociais situadas no topo da pirâmide, teoricamente
              de maior acesso informativo e de maior poder aquisitivo, pela nossa
              pesquisa, na maior parte, evita o consumo de carne de frango, por
              informações distorcidas e inverídicas sobre
              o produto, através de fatos sem fundamento.
 
 Não buscamos culpados pelos fatos, mas tentamos aqui, alertar
              aqueles que sobrevivem da atividade, para uma possível correção
              de percurso numa simples campanha de esclarecimento público
              da cadeia produtiva, visando sempre, o tão sonhado aumento
              da demanda, direcionado, exatamente, ao público de maior
              capacidade de consumo. Pois, afirmar categoricamente que a utilização
              de hormônios na criação é uma prática
              indiscriminada, é no mínimo escutar o galo cantar
              e não saber de onde.
 RENATO CRITTER
 sócio-diretor Avipa
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